sábado, 26 de dezembro de 2015

No Natal, tudo que reluz é ouro

Lembro-me bem,
era Dezembro...
Botas de couro
Pegadas, marcas
Longos caminhos
Chão fofo e denso

Tenso, flocos de neve
revestiam o oco do estômago,
acobertando o vazio do frio.
O âmago ainda sadio

Horas depois, uma cidade
com luzes piscantes
iluminando semblantes.
Jamais viu tantos enfeites.
De tão maravilhado, petrificou-se
A fome deu meia-volta e partiu...

O gélido garoto
hipnotizado com tantas luzes e cores,
só queria saber de brincar.
Pegou um dos pacotes sob a árvore,
abriu-o escondido e correu

Sobre um skate voador
flutuava no futuro
Perdeu-se
sorridente no tempo
sentia-se leve
por um instante...

O ouro? Deu branco!

Texto vencedor do 2o Concurso Cultural "Luzes de Natal" promovido pelo blog sobre o gênio Charlie Chaplin (http://blogchaplin.com).



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