terça-feira, 26 de abril de 2011

Nanquim













Fui me reencontrar
Onde o Sol tatuou
Pela primeira vez
Minha sombra numa rocha fria
Que descansava à beira-mar
Esperando afagos das ondas
De olhos espelhando garças
À procura de peixes na areia

Era um dia quente, sem nuvens
Foi lá onde deixei
Minha alma tão silente
Escondendo-se aos poucos
Atrás de um mato rasteiro

Do Eu do outro lado
Achei que fosse o fim...
No oco só ouvia ecos

Eu já fui tinteiro
Que vazou nanquim
Antes mesmo de a chuva levar
Qualquer pena que não tivesse
Uma ponta de esperança

2 comentários:

  1. Muito bonito, Daniel. A tinta, o branco e as palavras me são uma fixação.

    Muito bacana seu blog!

    abraço!

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  2. Grande Celso! Você, além de um respeitável e admirável poeta, é uma pessoa de luz e muito gentil! Obrigado pela presença! Abração poeta!

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