quarta-feira, 23 de março de 2011

Veio da água













Enquanto um embrião não vinga
Há quem jogue fora um filho

Enquanto clama-se pela vida
Alguém da ponte pula pálido

Vidas
Antagônicas
Eufônicas
Desarmônicas
Verbetes
Que engolem
Palavras

Seria o desnível necessário?
Para que o rio seja verdade?
Arrisco um belisco em desvario!

Ora pra cima
Ora pra baixo
Reza a regra
Céu e inferno

A vida em si nua
É dúbia e insinua
Sobre o brilho da água
Eterno leite materno

2 comentários:

  1. Grande poema, Daniel! Fluente, sonoro, musical. E parabéns pelo espaço!

    Grande abraço!

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  2. Celso, grande poeta! É uma honra tê-lo por aqui, abração querido! rs

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