O horizonte não existe
É apenas miragem!
Reflexo de um corpo em repouso
Onde os olhos se perdem no nada
E que vasculham sementes no chão
No meio daquela manada
Contando voltas de um moinho
No alto da colina gramada
Caminham sozinhos
Ouvindo distante
Pegadas de chuva
E um respiro cadente
No fim da jornada
Me encontram pelas costas
Acordando o meu dorso
Com um sopro na nuca
Mas quando não encontram nada
Nesse breve lapso de ausência
Logo retorno pra mim
A alma continua calada
E não sei mais o que é existência...
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