sábado, 20 de novembro de 2010

Pelo horizonte

O horizonte não existe
É apenas miragem!
Reflexo de um corpo em repouso
Onde os olhos se perdem no nada

E que vasculham sementes no chão
No meio daquela manada
Contando voltas de um moinho
No alto da colina gramada

Caminham sozinhos
Ouvindo distante
Pegadas de chuva
E um respiro cadente

No fim da jornada
Me encontram pelas costas
Acordando o meu dorso
Com um sopro na nuca

Mas quando não encontram nada
Nesse breve lapso de ausência
Logo retorno pra mim

A alma continua calada
E não sei mais o que é existência...

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