segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Uma essência no ar












Andava perfumada
Apesar de sua pele
Lavandar quando amava

Seu hálito e cabelos
Não eram diferentes.
Transpiravam os falos

Arbusto imponente
Nos campos floridos
Despia-se verdejante

Moça bela e prendada
Sabia que suas sementes
Germinariam na alvorada

Partira em fragmentos
Para ser toda aspirada
E curar os meus lamentos

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- Enfermeira, pode acender pra mim?
- Claro senhor!
- Obrigado moça. (semblante sereno)
- Prontinho senhor, deixarei na janela! (sorridente)

(um aroma de incenso no ar)

- Hum... que delícia, cheiro de flor. (deduziu ela)
- É minha querida esposa. (olhos fechados)
- Ah sim... Senhor, agora descanse tá? Volto lá pelas 15:00.

(ela não iria acreditar mesmo)

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