segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Se a poesia fosse a bola da vez











Se a poesia fosse
A bola da vez,
Certamente seria colorida
E rolaria sobre um campo
De flores,
De árvores,
De colinas,
De pássaros...

Cairia nas veias
De águas doces e salgadas.
Seria lançada por golfinhos,
Nadaria sobre lagos
E se esconderia nas grutas.

Driblaria selvagens
E derrubaria frutas,
De pé em pé,
Lance de alce.

As copas beberiam a chuva,
Então, espelhos
Da luz do Sol,
Da brancura da Lua,
Das nuvens, estrelas 
E de um mar suspenso
Azul celeste.

Uma trave com rede
Para apanhar borboletas
E permitir tocar suas asas.
Vestígios de pólen,
Meia-vida no ar,
Sem penalidades.

Entre tantas naturezas
Sentiria odores e sabores,
As dores da tristeza       (Murcharia)
E a leveza dos amores.  (Encheria)

Fitaria as cores das auras
E das almas, a verdade saberia,
Por meio de ocultos
E sensíveis toques.

Na arquibancada Arco-íris,
Uma cadeira VIP apenas,
De onde trovejaria o grito
De um homem grande e barbudo

Torcendo pela vida...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela visita e volte sempre!