segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Saudade da infância

 
Já escalei tantas árvores. Pulei tantos muros. Ralei tanto as mãos, quanto braços e pernas. Na boca o gosto de barro, de infindáveis guerras de terra e o gosto salgado daquele suor inocente.

O cheiro do guaxe, das canetinhas, do giz de cera, da massinha e do mato nas mãos. As marcas de pé no batente das portas. Nos sapatos e meias, os furos. As roupas sempre imundas. Corria que nem louco pelas ruas, atrás das bolas, bolinhas de gude, dos amiguinhos e de namoricos. Meu estilingue potente e suas mamonas.

Tantos "beijo, abraço e aperto de mão", tantos esconde-escondes e pega-pegas, tantas pipas perdidas, tantas viradas de figurinhas, tantas voltas deram os peões, tantos disparos de campainhas, tantas fadas vieram com seus bastões e o sonho sempre continuava, mesmo com todas as broncas.

O lanche da tarde esperava paciente e a chuva anunciava sua chegada. A noite preparava o sono, antes das orações e bênçãos aos pais, ora presentes, ora ausentes. Mais um dia de diversão se consumia e nada mais me preocupava, claro, só o outro dia! Que saudade...

Infância que não se revive mais. Gravou na alma uma forte lembrança, daquele meu tempo de criança. Emoção que não esqueço jamais...

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